Cuidado com o que vê

"Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. "2 Coríntios 4:18

O convite mais irresistível que o mundo nos faz é a aparência. Nos convenceram de que mulheres não podem sequer cogitar sair de casa sem maquiagem, que para conseguir uma namorado o jovem precisa de um bom emprego e um bom carro, que a melhor igreja para se congregar é aquela que tem uma grande estrutura, pessoas bem vestidas e muita gente. Você olha para as fotos nas redes sociais de alguém e mede o seu nível de felicidade pelo sorriso que ela estampa nas fotos.

Mas será que tudo isso é real? Será que não estamos caindo na velha armadilha dos olhos? Tudo o que você vê é o que entra em você e a forma como você enxerga as coisas mostra quem você é.

Diante de uma mesma situação alguns olhos podem enxergar com inveja e outros com alegria. Diante da mesma pessoa alguns olhos podem enxergar a aparência, enquanto outros procuram enxergar além.

Como podemos então ter a certeza de que estamos olhando as coisas da forma correta? Quando olharmos para a eternidade. O apóstolo Paulo fala aos coríntios que não devemos nos ocupar atentando para as coisas que "se veem" pois são temporais, mas para as que "não se veem" pois são eternas.

Se você olhar para suas dificuldades, por exemplo, logo irá desanimar. Mas se olhar para o Deus que te criou e que cuida de ti nenhuma dificuldade será capaz de tirar sua alegria. As dificuldades são temporais, o seu Deus é eterno. Se você olhar para o numero de pessoas em uma igreja ou a sua estrutura física com certeza irá se enganar, mas se olhar para a verdade pregada naquele lugar e para a comunhão entre irmãos jamais será enganado. Templos e luxos são passageiros, a palavra e a comunhão são eternos. Você pode não ver a personalidade de alguém a princípio, mas isto deve ocupar a sua mente muito mais do que a sua aparência.

Nós não vemos Deus, nós vemos o que Deus faz. Não não vemos amizade, nós vemos um amigo. Não não vemos a fé, nós vemos as obras da fé. Tudo tem a sua materialização, mas o que deve nos ocupar não é o que é material, mas o que há por traz disso, porque o que é material pode nos enganar. Você pode achar que tem fé, mas tem apenas uma grande vontade de que algo aconteça, você pode achar que ama alguém, mas só sente atração física ou sentimental por ela. Não atente para a materialização das coisas, atente para a sua essência. As melhores coisas são as abstratas.

Entendeu onde quero chegar? Diante de uma situação, procure olhar seguindo alguns critérios: Isto é bom? Isto é agradável a Deus? Isto é passageiro ou eterno? Basta dizer que tudo o que não segue estes critérios é secundário e pode trazer algum malefício para você.


Cuidado com o que vê!